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Retomando...

Tenho estado bastante pensativa nas últimas semanas. Estamos passando por uma pandemia há cerca de 12 meses, e isso tem me feito mergulhar em águas profundas, andar por terrenos nunca antes desbravados, respirar ares que novos. Estou me descobrindo e isso me assusta. Pois sim: com quase 33 anos, me deparo com alguém que não sei direito como lidar. Surgem dores em meu corpo que não sei de onde vêm, lesões de pele esquisitas, devaneios, ideias. Muitas ideias! Me sinto ansiosa como nunca antes me senti. E o pior: não acho que esse é um problema novo. Na verdade, tudo isso já estava em mim. Sempre esteve! Porém, me parece que veio tudo à tona, junto e misturado, em um ano de pandemia. Feliz sou porque já vinha me preparando psiquicamente através de psicoterapia. Se assim não fosse, nem sei como estaria lidando com tudo agora. Ou talvez até estivesse melhor, pois estaria anestesiada e o que não se sente, não se sofre.

Venho acessando lembranças bem interessantes, sabe? Agora, por exemplo, redescobri este espaço. Eu gostava tanto de escrever, que não sei porque parei. O cotidiano vai mesmo engolindo nossos sonhos, nossas vontades, nossos hobbies. Tenho também revisitado vários perfis em redes sociais de pessoas com quem antes eu tinha muito contato e que se perderam de mim, ou eu me perdi deles. Não sei bem.

O que tenho, de fato, é a mim mesma, neste domingo a noite, enfrentando distanciamento social, me redescobrindo, procrastinando algumas atividades que há muito já deveria ter concluído. Me sinto, contudo, até feliz. Estar de alguma forma colocando minhas ideias para fora e explorando meu potencial bem diminuto de escrever me alegra muito.

Retornarei outras vezes, prometo. E não demorarei tanto, espero.

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