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Mostrando postagens de outubro, 2011

sem título. (*)

"Fui criado com princípios morais comuns. Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade… Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão. "Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossa

fragilidade.

Hoje cheguei à constatação de que as pessoas são frágeis. Não fracas, frágeis, já que é possível alguém ser forte e ao mesmo vulnerável aos percalços da vida. Pois bem, sou uma pessoa assim. Dramática demais, romântica demais, fresquinha demais. Não, não sou grudenta, tampouco ciumenta ou outros "-entas" que se possa invetar por aí. Só sou sensível. E acredite, esse "só", sozinho, já me causa grande estrago. Não quero entrar em maiores detalhes sobre o que me faz refletir sobre isso. Foi algo como... sabe aquela coisa bem Clarice? De perceber o sentido da vida em um fato besta do cotidiano? Foi algo assim. Percebi, então, que é necessário ser sensível sem ser fresca, porque me machuco com essas frescurices. Não é algo que depende de uma mudança da forma como as pessoas me tratam, mas é algo que tem de partir de dentro de mim. Assim, cresço e me torno melhor. Bom dia!