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Mostrando postagens de junho, 2010

O que a medicina tem de fascinante, sedutor e empreendedor?

Muitas pessoas já chegaram até mim com a seguinte pergunta: por que medicina? É uma pergunta clássica, convenhamos, mas cada vez que a mim ela é feita, é despertado um novo sentimento de inquietação misturado com certeza. Na verdade, não lembro ao certo do exato momento em que pensei: quero ser médica! Lembranças vagas de minha infância vêm-me à cabeça, quando meu pai orgulhosamente comentava com algum amigo assim: “Vê lá, pergunte a ela o que ela quer ser quando crescer?”. O homem então olhava para mim e perguntava. Eu, encabulada, mas com um sorriso no rosto, respondia: “Pediatra”. Pois é, é engraçado. Acho que aí eu devia ter uns quatro ou cinco anos de idade. E essa mesma idéia de um dia me tornar pediatra acompanhou-me por toda a minha infância e parte de minha adolescência. Mas quando começou, ou por que começou, não sei. Recordo-me que, no segundo ano do ensino médio, passou-me pela cabeça prestar vestibular para psicologia. Vontade efêmera, pois logo voltei a meu sonho antigo:

Optatórias.

Estamos no período das disciplinas optativas (carinhosamente por nós chamada de optatÓRIAS, uma vez somos obrigados a fazê-las, para cumprir carga horária). Esse semestre usei um quesito muito interessante para escolher as minhas: ausência de provas! Mas sabe o que é? Estou exausta! Aliás, exausta é pouco. Estou só os cacos, restinhos de Emilcy. O bagaço da laranja! =) Sentiu meu drama? Pois é. Como para mim só faltavam 60h/aula, então, me matriculei em Saúde do Adolescente, Humanidades Médicas e História da Medicina, 20h/aula cada. Eu, na minha enorme ignorância, achei que seriam disciplinas bestinhas, alternativas, nas quais seriam abordados assuntos superficiais, e por que não dizer "inúteis". Minha nossa, como me enganei! Vou começar falando sobre Saúde do Adolescente, ministrada pelo Dr. Almir, pediatra. Aulas extremamente prazerosas de se assistir, com uma boa didática e uma abordagem leve, mas nem um pouco superficial, sobre um tema que raramente nos preocupa enquanto

Escutatória

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma". Para se ver é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma." Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. (...) Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos... Pois o outro falou os seus

Fim de mais um semestre...

Semestre acabando e mais uma vez vem a sensação de tarefa cumprida... ou não? hehehe É um dilema, sabe? Pois por mais que estudemos, assistamos aulas e mais aulas e arranquemos nossos preciosos fios de cabelos (no meu caso, semi-loiros)em véspera de provas, sempre fica aquela impressão de que poderia ter sido melhor e de que poderíamos ter estudado mais, ou aproveitado tudo aquilo de outra forma. Fica também outra sensação muito interessante: a de que fizemos tempestade em copo d´água. Nos preocupamos demais com coisas que, no fim, dão certo, mesmo que algumas vezes não entendamos como...xD Infecto, por exemplo, nem foi tão ruim assim... Que é puxado pra caramba, disso ninguém duvida! E que prova é f... (piiiii), isso também é um fato! Mas dá certo, sabe? Tudo dá certo no fim, principalmente se você fica com um professor muito limpeza na prova prática (thanks, God! \o/). Geriatria... Bem, geriatria é o tipo de módulo no qual você pensa: "tenho a sensação de que eu já sabia disso..