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Optatórias.

Estamos no período das disciplinas optativas (carinhosamente por nós chamada de optatÓRIAS, uma vez somos obrigados a fazê-las, para cumprir carga horária). Esse semestre usei um quesito muito interessante para escolher as minhas: ausência de provas! Mas sabe o que é? Estou exausta! Aliás, exausta é pouco. Estou só os cacos, restinhos de Emilcy. O bagaço da laranja! =) Sentiu meu drama? Pois é. Como para mim só faltavam 60h/aula, então, me matriculei em Saúde do Adolescente, Humanidades Médicas e História da Medicina, 20h/aula cada. Eu, na minha enorme ignorância, achei que seriam disciplinas bestinhas, alternativas, nas quais seriam abordados assuntos superficiais, e por que não dizer "inúteis". Minha nossa, como me enganei!

Vou começar falando sobre Saúde do Adolescente, ministrada pelo Dr. Almir, pediatra. Aulas extremamente prazerosas de se assistir, com uma boa didática e uma abordagem leve, mas nem um pouco superficial, sobre um tema que raramente nos preocupa enquanto estudantes da medicina generalista: o atendimento ao paciente adolescente. E não nos damos conta do quanto é uma situação complicada, pois ter diante de nós um cliente que não é adulto, mas não aceita ser tratado como criança exige uma destreza e um cuidado redobrados! Dr. Almir mostrou tudo isso bem direitinho, dando-nos dicas de como lidar situações mais delicadas, sem perder a confiança de nosso jovem paciente. Adorei! =)

Isso foi minha experiência da semana passada. Essa semana comecei Humanidades Médicas, com Dr. Álvaro, também pediatra, e História da Medicina. Sobre a segunda ainda não tenho muito a dizer, pois só hoje tive a primeira aula, por conta dos jogos de nossa gloriosa seleção na copa, mas sobre a primeira quero escrever algumas palavras.

Sabe quando você pára (sei não tem mais acento aqui, mas essa nova gramática não me desce ^^) e pensa: putz, vou ser médico! E aí??? Quais são as implicações disso? Serei menos humano? Serei mais humano? Serei feliz? Me tornarei uma pessoa estressada, gorda e infeliz por trabalhar 80h semanais? Escutarei meus pacientes? Ou simplesmente precreverei receitas superficiais que tratam o orgânico, mas não o espírito? É tão complicado, sabe? Porque precisamos lutar contar uma tendência mundial, que é uma medicina cada vez mais fria, tecnológica e desumanizada. Preciso refletir melhor sobre isso... e aí então posto algo, não sei. Só sei que são questões importantes, que farão a diferença no tipo de médica que serei num futuro já não tão distante.

Só para finalizar, estou adorando tudo! E o fato de não haver provas, claro, me deixa curtir as disciplinas de forma bem mais "relax". =)

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