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Enquanto isso, no Frotinha...

Todo estudante de medicina que se preze tem uma aspiração em comum: estágio no frotinha! É lá onde, geralmente, temos contato com nossas primeiras experiências como um médico de verdade: receitar antibióticos, prescrever soros, orientar pacientes com aquela cara de quem realmente sabe das coisas, ser chamado de doutor (a), dormir no hospital e, claro, SUTURAR! Não que seja bom que as pessoas se machuquem e precisem ir ao hospital para levar os famosos pontinhos, mas as situações pelas quais a gente passa naquela sala de pequenas cirurgias por causa desses incidentes são, no mínimo, interessantes.

Meu santo dia dedicado ao frotinha é o domingo. Intercalando entre os plantões diurnos e noturnos, semanalmente lá estou! Alguns dias, confesso, são bastante entediantes: nada pra fazer! Nesses momentos, jogamos um jogo mais entediante ainda: pessoa e lugar. Quanto ao jogo em si, até que não tenho nada contra. O problema é jogar com a minha digníssima coleguinha de plantão, que sempre ganha todas! Outros dias, no entanto, não temos tempo nem de ir à cantina tomar uma "coquinha" com hambúrguer; e em dias como esses, minha pernas me matam depois!
Uma coisa chata de ficar sempre no mesmo serviço e perceber que tudo começa a ficar padrão. Por exemplo... os diálogos!

"Bom dia, senhor! O que foi que houve?" ...
"como foi que isso aconteceu, hein?" ...
"Fez sua fichinha, senhora? Pode deixá-la aqui em cima da mesa." ...
"Oh, eu vou precisar costurar esse corte, mas depois o senhor vai lá no médico do osso pra bater um raio X, tá? (by Larisse)" ...
E quando é uma criança de 3 anos com um corte na testa que precisa ser suturado? Aí eu sempre digo: "Você gosta do pica-pau? Olha só o pica-pau que eu vou te dar de presente." (Já pintando algo que seria os olhinhos do pica-pau uma luva cheia de ar.)
Sempre assim...

Mas, pensando agora friamente (ou emotivamente, talvez) sobre essas frases, me passou pela cabeça que, apesar de elas de fato sempre serem repetidas, na verdade são instrumentos de comunicação que encontramos para nos aproximarmos do paciente. Percebemos que funcionava, e agora sempre repetimos! Simples! Lógico que algumas vezes temos que nos utilizar de outras estratégias mas bem elaboradas, assim como, em outras, nem é tão necessário muito esforço. E assim a gente vai levando!

Hummm, acho que estou filosofando demais... =) Melhor parar por aqui!

No próximo texto escrevo, em especial, sobre uma situação cômica bem específica por que passei em meu estágio!

Abraços!

Comentários

Juliana Holanda disse…
Emilcy, agora tou c medo do pica pau!!!!!
Gosta do pica pau?? Pois olha só o que ele faz c vc!!!! tome!!!!!
aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh
Emilcy Rebouças disse…
kkkkkkkkkkkkkkkkkk Owwwwwwwwww, juh, mas num era assim... o pica pau era só pra distrair. Qdo eles viam que o que a gente ia fazer não doía, aí ele ficavam nossos amiguinhos. (bendito seja o anestésico!) hauahauahuah

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