Certa vez me disseram que guardo em mim um mistério, algo que eu só mostro aos mais íntimos, como uma espécie de personalidade bônus que fica ocultada por uma máscara social; uma Emilcy especial reservada àqueles que julgo merecerem. De certa forma, isso é até uma verdade, pois sou uma pessoa tão imperfeita e tão cheia de fraquezas, que às vezes fica meio difícil mostrar-me por completo, sem as devidas precauções.
Já errei tanto... A tantas pessoas já trouxe algum tipo de desgosto ou decepção... Sei que muitas delas nem imaginam o quanto sinto doer aqui dentro, já que uma de minhas características "mágicas" mais fortes seria agir com frieza e razão mesmo nas situações mais emotivas. Por causa disso, amigos acham que eu não sinto saudade, minha mãe acha que eu não a amo, meu namorado acha que não me importo. Como pode isso? Eu choro, sabia? Eu fico de coração partido às vezes; ele dói, sangra e tem feridas e cicatrizes, como qualquer outro coração. Se às vezes pareço uma muralha intransponível, tenho meus motivos para isso, mas não significa que não haja uma porta que facilite o acesso.
Assim, fico como aquela pessoa que é meiga, dócil, feliz, "superior" (como diz minha amiga), que não se abala, que sempre compreende, que sempre ouve, que tem paciência, que nunca explode. Superficial. Poucas pessoas me conhecem de verdade. Poucas pessoas sabem sobre meus verdadeiros anseios, meus conflitos, meus traumas e minhas aflições...
(...)
É isso. Boa noite.
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